PREVENÇÃO É AÇÃO MAIS EFICAZ
A Coordenação e Assessoria Técnico-Cientifico da Pastoral da Saúde Nacional vêm acompanhando as informações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde no monitoramento do novo coronavírus que surgiu na China.
Especificamente no Brasil, estamos se utilizando como referencia os Boletins Epidemiológicos, editados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, que é uma publicação de caráter técnico-científico, com periodicidade mensal e semanal para os casos de monitoramento e investigação de doenças específicas sazonais.
Ele se configura como instrumento de vigilância para promover a disseminação de informações relevantes qualificadas, com potencial para contribuir com a orientação de ações em Saúde Pública no país. No Boletim Epidemiológico são publicadas descrições de monitoramento de eventos e doenças com potencial para desencadear emergência de Saúde Pública; análises da situação epidemiológica de doenças e agravos de responsabilidade da SVS; relatos de investigação de surtos e de outros temas de interesse da Vigilância em Saúde para o Brasil.
O coronavírus é de uma família de vírus que causa infecções respiratórias. O novo agente foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 após casos registrados na China. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
Com a confirmação na terça-feira, 25 de fevereiro, pelo Ministério da Saúde, do primeiro caso de coronavírus em São Paulo. O homem de 61 anos deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, com histórico de viagem para Itália.
A Pastoral da Saúde comprometida com toda a ação do povo de Deus em acolher, promover, cuidar, educar, defender e celebrar a vida humana. Vem chamar o Povo de Deus, para que unidos, busquemos combater a disseminação do COVID-19 (coronavírus), uma ameaça à saúde, principalmente as pessoas mais vulneráveis, idosos e enfermos.
Alex Motta coordenador da Pastoral da Saúde Nacional, orienta que os agentes da pastoral da saúde e a população em geral mantenham seus planos de vacinação rigorosamente em dia.
No momento não é motivo para pânico e sim redobrar atenção nas ações preventivas como:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar álcool gel;
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
- Ficar em casa quando estiver doente;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
A recomendação do bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Roberto Ferreria Paz, é primeiramente trabalhar a prevenção e divulgar, o máximo possível, informações importantes nas cartilhas da saúde sobre este vírus e as modalidades de contágio.
Dom Roberto ressalta ainda que é de extrema importância tratar de manter a informação sobre o vírus com objetividade científica e a seriedade dos dados para evitar pânico e surtos de irracionalidade. “Sobretudo a solidariedade com as comunidades que estão padecendo ou podem estar mais expostas. Além disso, colaborar com a vigilância sanitária e estar sempre atualizado, assim poderemos correr na frente e neutralizar os riscos deste vírus para a nossa população, especialmente os mais vulneráveis”.
É importante destacar ainda que a CNBB não indica normas para as arqui/dioceses, ou seja, cada local deve observar sua realidade e indicar as providências necessárias. Cabe, portanto, aos arcebispos e bispos orientarem seus sacerdotes, bem como aos fiéis observarem as regras de higiene compatíveis com o momento.